O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, recebeu na tarde desta terça-feira (14) as ex-presidentes Michelle Bachelet (Chile), Laura Chinchilla (Costa Rica) e Aminata Touré (Senegal) no Palácio do Planalto. O encontro ocorreu em meio ao evento “Mulheres no Poder: Estratégias para Implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU para Alcançar a Igualdade de Gênero”, promovido pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
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A reunião abordou o papel da mulher na sociedade contemporânea e a importância de agendas que reduzam as desigualdades de gênero, incluindo a recém-aprovada lei da igualdade salarial. Discutiu-se também a necessidade de reformas nas instituições de governança global, com concordância sobre os desafios enfrentados pela ONU e pelo Conselho de Segurança, refletidos nos conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia. O diálogo abrangeu os riscos para a democracia global, marcada pela disseminação de informações falsas e narrativas de ódio, e a urgência de uma revisão das abordagens progressistas.
O presidente Lula e a senhora Bachelet avaliaram as relações na América do Sul, identificando o período de 2003 a 2013 como um momento destacado, marcado pela criação da UNASUL, presidida por Bachelet nos anos de 2008 e 2009.
A senhora Touré destacou a oportunidade representada pela presidência brasileira do G20 e seu papel no BRICS para impulsionar debates sobre democracia, combate à pobreza e insegurança alimentar, especialmente na África. Parabenizou a reativação de programas sociais no Brasil, como o Bolsa Família, considerando-o “um modelo para o mundo”. O presidente Lula concordou com o impacto do financiamento à mulher e expressou o desejo de visitar a sede da União Africana para defender a renegociação das dívidas dos países do continente.
A senhora Chinchilla abordou a preocupação com o endividamento excessivo dos países em desenvolvimento, destacando a perda de protagonismo da América Latina nos últimos anos pela falta de lideranças que promovam integração regional efetiva. A desproporcionalidade de mortes por Covid-19 na região, em comparação global, foi citada como resultado da falta de uma política integrada de vacinação.
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