Nesta terça-feira (14), os ministros da Agricultura (MAPA), Carlos Fávaro e Marina Silva do Meio Ambiente (MMA) debateram propostas quem podem ser trabalhadas por ambas as Pastas, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28).  

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O evento começa na última quinta-feira de novembro (30) e vai até o dia 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.  

Entre os projetos apresentados pelo MAPA está a conversão de pastagens de baixa produtividade, que diferente do que vem sendo realizado em outros países, está sendo projetada para intensificar a produção de alimentos de forma sustentável, sem destruir a vegetação nativa e as áreas de preservação. As áreas já foram estudadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).  

Segundo o ministro, a medida de conversão é um incentivo às boas práticas à sustentabilidade além do combate ao desmatamento.  

“Temos que reprimir os crimes, mas também dar oportunidade e incentivo para os produtores possam intensificar a sua atividade”, salientou o ministro. 

 
Para Marina Silva, o Brasil pode ser uma potência florestal, uma potência hídrica e uma potência agrícola. Nós estamos preocupados com a segurança alimentar do nosso país, ainda temos 33 milhões de pessoas pobres, mas podemos dar uma contribuição para o mundo e queremos fazer isso com sustentabilidade econômica, ambiental e social. Esse trabalho que eu, o ministro Fávaro e as nossas equipes estão trabalhando”.  

Segundo o MAPA, com a implementação do programa de conversão de pastagens, vai ser possível agregar até 40 milhões de hectares, o mesmo desenvolvimento dos últimos 50 anos de área de cultivo e sistemas de integração Lavoura-Pasto- Floresta (ILPF) em 10 anos.  

“O Brasil, como diz o presidente Lula, pode ser um grande exportador de sustentabilidade em todos os setores e no setor agrícola, com certeza nós temos todas as condições de sair de um modelo predatório para o modelo inteiramente sustentável, aumentando produção por ganho de produtividade, sem precisar mais avançar sobre áreas com floresta”, ressaltou a Marina Silva. 

De acordo com dados do ministério do Meio Ambiente, nas últimas cinco décadas foi registrado um aumento de 140% das áreas de plantio, mas a produtividade foi observado um crescimento de 580% colocando o país como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.  

“O produtor tem dois caminhos: o risco do comando de controle do embargo e todas as repreensões por desmatamento legal ou o do incentivo para fazer sua atividade se intensificar, crescer sobre áreas degradas, com potencial de sequestrar carbono, produzindo mais e oferecendo aos mercados mais exigentes produtos com valor agregado”, finalizou Fávaro.  

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