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Comparsa de Juscelino Filho guardava cartões e carimbos de laranjas, diz PF

Comparsa de Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, guardava cartões e carimbos de laranjas, diz Polícia Federal - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, suspeito de comandar um esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares junto com o atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União – MA), tinha em sua residência pelo menos 16 cartões e dois carimbos de empresas diferentes.  

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A Polícia Federal (PF) apreendeu os objetos em julho de 2022, segundo os investigadores. O episódio traz mais força a tese de que o empresário comanda um grupo de empreendimentos de fachada em nome de laranjas para fraudar contratos de obras públicas realizadas no Maranhão.  

Na época das acusações, Juscelino Filho exercia o mandato de deputado federal e de acordo com a Folha, o ministro estabeleceu uma relação criminosa com o empresário para desviar recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).  

Segundo a PF, os carimbos encontrados são das empresas Construservice e Topazio e registram o nome Eduardo como “diretor presidente”. Ele nega ser dono das firmas, porém os investigadores alegam em relatório, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o material apreendido “confirmou a propriedade de fato”.

A polícia apreendeu os itens durante a primeira fase da operação Odoacro, durante a investigação a PF e acessou o celular do empresário, onde encontraram conversas de 2017 a 2020 inclusive com o atual ministro das Comunicações.  

Os diálogos mostram Juscelino, enquanto era deputado federal, discutindo com Eduardo para decidirem de onde seriam destinados os valores das emendas, obras e pagamentos a terceiros.  

Para a PF, as conversas apontam uma relação de “proximidade e promiscuidade”, além de “intensa tratativa” sobre a execução de obras financiadas pelas emendas.  

 Em setembro deste ano, na terceira fase da operação a prefeita de Vitorino Freire (MA) Luana Rezende, a irmã do ministro foi alvo de busca e apreensão da PF, ela chegou a ser afastada do cargo por ordem do ministro do STF Luís Roberto Barroso.   

Os endereços do ministro das comunicações também seriam alvo das operações, porém a solicitação foi negada por Barroso.  

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