A Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados, debateu nesta segunda-feira (20) sobre o Mercado Voluntário de Carbono no Brasil.
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A autora do requerimento, deputada Socorro Neri (PP- AC), alegou que a audiência objetiva esclarecer sobre a regulamentação do mercado de carbono e seu impacto nas políticas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável do país, alinhando meio ambiente, economia e sociedade.
Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães, os mercados de carbono são transitórios e precisam ser vistos como um mercado temporário, pois sua função é “ajudar a mitigar a mudança climática”.
“Se nós estivermos em 2040,2050 discutindo mercado de carbono, discutindo preço de carbono, discutindo transações de carbono nós falhamos, nós falhamos enquanto humanidade para atender a urgência climática do planeta”, disse Guimarães.
Outra questão apontada pelo presente do IPAM foi a emissão de carbono no Brasil. De acordo com Guimarães, metade dela é produzida pelo desmatamento.
“50% das emissões brasileira é desmatamento, 80% disso está na Amazônia, e metade desses 80% além de ilegal é criminoso, por que que eu digo isso, porque esse desmatamento acontece em terras públicas ”, concluiu.
Foram debatidos os efeitos das mudanças climáticas, racismo ambiental e educação climática, com a participação de governos, entidades e autoridades da região Norte, de forma presencial e remota.
Entre eles, Aloísio Lopes, representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Procurador-Chefe do Meio Ambiente da Procuradoria-Geral do Estado do Acre, Rodrigo Fernandes das Neves; Secretario do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Tocantins, Marcello de Lima Lelis e o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
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