A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (29), o ranking das 10 piores e melhores rodovias do Brasil. O levantamento deste ano avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais. Os critérios de avaliação foram as condições de pavimento, sinalização, visibilidade, acostamento, pontes, entre outros pontos.

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Na região Norte, 79,3% da malha rodoviária está em estado ruim ou péssimo. Segundo o documento, a pior rodovia é a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, e a BR-174, no trecho que liga o município de Presidente Figueiredo até a cidade de Borba, ambas no Amazonas.

No Pará, a pior rodovia é a PA-263 de Goianésia do Pará até Tucuruí. No Amapá, destaca-se a AP-010 de Macapá até Mazagão. E no Acre, as piores rodovias são a AC-010 de Porto Acre até Rio Branco e a BR-364 de Cruzeiro do Sul até Acrelândia.

Já a melhor via está no Rio de Janeiro, a RJ-124, que faz a ligação entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia. 

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou o papel da Pesquisa CNT para o acompanhamento da infraestrutura rodoviária. “Trata-se de um importante verificador independente da infraestrutura nacional e aponta que, nos últimos 7 meses de governo, houve a interrupção da piora da malha rodoviária do país”, disse.

“Esse é um dado muito relevante, pois a qualidade vinha caindo desde o ano de 2016. Os dados divulgados hoje mostram sinais da retomada da qualidade das vias federais, com a ampliação dos investimentos garantida pela PEC da Transição. O Índice de Condição da Manutenção aferido mensalmente pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) aponta a elevação de qualidade, principalmente no segundo semestre. Certamente, no levantamento da CNT do próximo ano, iremos verificar esse crescimento”, completou Renan.

O Novo PAC prevê R$ 185,8 bilhões em investimentos para o modo rodoviário, dos quais R$ 112,8 bilhões são da iniciativa privada (60,7%) e R$ 73 bilhões do governo federal (39,3%). Essa realidade demonstra uma recuperação da capacidade de investir com duas frentes, via Estado e/ou por meio de relações de colaboração com a iniciativa privada, contemplando concessões e parcerias.

A realidade que o estudo expõe reforça a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes e que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias. “Essas são ações que a agenda da Confederação enfatiza e amplia institucionalmente, no âmbito do poder público, especialmente no Executivo e no Legislativo”, ressaltou o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, durante o lançamento do estudo, em Brasília (DF).

Em 2023, a Pesquisa estimou que o aumento do custo operacional do transporte rodoviário de cargas, em decorrência da má conservação do pavimento das rodovias no Brasil, foi de 32,7%. O percentual ficou levemente abaixo do registrado no ano passado: 33,1%.

Uma das apurações resultantes do levantamento é a dos principais pontos críticos registrados nas rodovias do país: quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas. Trata-se de problemas na infraestrutura que interferem na fluidez dos veículos, oferecendo riscos à segurança dos usuários, aumentando significativamente a possibilidade de acidentes e gerando custos adicionais ao transporte.

Confira a íntegra do levantamento:

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