O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (7) que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Equessibo, território em disputa por Venezuela e Guiana, em região fronteiriça com o norte do Brasil.
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As declarações do presidente se deram no discurso na abertura da 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
No último domingo (3), a Venezuela aprovou um referendo que torna a região parte do país. Há dois dias, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou a criação de um estado na área disputada.
“O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação”, disse Lula, ao pedir o apoio dos colegas sul-americanos a uma minuta acordada pelos chanceleres do bloco regional. “Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e estabilidade”, completou.
Lula defendeu que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sejam utilizadas para o encaminhamento pacífico da questão. O presidente brasileiro colocou o país à disposição para sediar “quantas reuniões forem necessárias” entre as partes envolvidas. A Venezuela é membro do Mercosul, mas está suspensa.
“Vamos tratar com muito carinho porque uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra”, enfatizou Lula. “Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. Nós precisamos é construir a paz”, declarou.
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