O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) deve prestar depoimento, nesta quinta-feira (7), às 13h, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), sobre processos que ele responder, por supostamente cometer abuso de poder econômico nas eleições do ano passado.
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Se Moro for condenado, pode até mesmo perder o mandato de senador. Duas ações foram apresentadas contra o parlamentar, a primeira pelo Partido Liberal (PL) e a segunda pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como as duas foram apresentadas no mesmo sentido, a Justiça decidiu unir as causas para julgamento.
De acordo com a ação, a chapa de Moro causou desigualdade eleitoral no período das eleições, é que Moro usou “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade”, afirmaram.
Na denúncia, o caso ocorreu desde a filiação do ex-juiz ao Podemos, em novembro de 2021, com o lançamento de sua pré-candidatura para a Presidência da República até o momento que ele se elegeu para ser senador
Moro teve os seguintes serviços à sua disposição durante a pré-campanha presidencial:
- media training;
- assessoria de imprensa;
- planejamento de marketing;
- produção de vídeos em ambos os partidos;
- remuneração mensal;
- segurança privada;
- viagens aéreas nacionais e internacionais para Moro e equipe;
- veículo blindado;
- hospedagens;
- exposição midiática de presidenciável;
- protagonismo em metade das inserções de propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão;
- produção de conteúdo e estratégia de campanha;
- pesquisas eleitorais.
Segundo a denúncia, Moro teria investido mais de 6 milhões de reais no ano eleitoral, somando a candidatura ao Senado com a pré-campanha à Presidência, sendo que o valor permitido é de R$ 4,4 milhões.
O senador e ex-juiz nega qualquer irregularidade e afirma que os processos são resultados do “choro de perdedor”.