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GM, Volks e Toyota pedem a deputados fim de incentivo à Stellantis; Nordeste reage

Montadoras divulgam carta para deputados - Divulgação/Toyota

Montadoras divulgam carta para deputados - Divulgação/Toyota

Com a reforma tributária prestes a ser discutida pela Câmara, a votação no plenário da casa legislativa pode acontecer na quinta-feira (14), deputados sofrem pressão dos dois lados na apreciação do programa de incentivos à produção de automóveis no Nordeste.

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Após ser rejeitada na primeira rodada da reforma na Câmara, a prorrogação por mais sete anos do incentivo regional, que terminaria em 2025, foi reinserida no Senado, que também estendeu o benefício a carros movidos a gasolina ou etanol (combustão interna) – a versão original previa prorrogação apenas a veículos elétricos. 

A emenda opõe montadoras que têm fábricas no Sul e Sudeste, que reclamam de competição desigual, e a Stellantis, que produz carros das marcas Fiat e Jeep em Pernambuco, beneficiando-se, portanto, dos benefícios.

Enquanto General Motors (GM), Volkswagen e Toyota publicaram nesta quarta-feira (13), em jornais uma carta aberta pedindo para que os deputados revejam a mudança feita no Senado, uma manifestação assinada pelos nove governadores do Nordeste ressaltou a importância do regime automotivo na correção de distorções regionais e na industrialização de territórios mais carentes do País.

O trio das montadoras que tentam derrubar a emenda questiona se é correto incentivar a produção de veículos a combustão quando há urgência por um mundo mais sustentável. 

Defendem que a reforma tributária estimule o desenvolvimento da indústria automotiva com olhos para o futuro, uma visão que, na avaliação dessas montadoras, se perdeu com a mudança feita pelos senadores no artigo 19 da proposta de emenda constitucional.

“A boa notícia é que ainda dá tempo de corrigir e ficarmos só com os benefícios que a reforma tributária pode e deveria trazer”, escreveram GM, Volkswagen e Toyota. 

Elas frisam ainda, numa referência à Stellantis, que a extensão do benefício significa deixar, até 2032, R$ 5 bilhões por ano “nos cofres de uma única empresa privada”.

“Com esse dinheiro, daria, por exemplo, para construir 1.600 creches, 1.600 hospitais de campanha ou 2.550 escolas por ano.”

O Consórcio Nordeste, por sua vez, defendeu que o programa de incentivos à indústria automotiva na região trouxe resultados positivos a todo o Brasil, uma vez que os arranjos produtivos locais, estimulados pelo regime automotivo, estão integrados às cadeias produtivas nacionais e até mesmo internacionais. 

Sua continuidade, sustentam os governadores, vai assegurar investimentos na região e a expansão das cadeias de produção.

Conforme a manifestação dos governadores do Nordeste em apoio à prorrogação do regime automotivo, graças ao programa, montadoras e fornecedores de peças se instalaram em territórios carentes de oportunidades de trabalho e que precisam acelerar seu desenvolvimento para gerar empregos.

“A maciça injeção de renda nessas áreas em fase de industrialização tem contribuído para mudar de fato o perfil social do território, com avanço significativo nos indicadores econômicos, de educação, saúde, segurança e empregabilidade”, sustentou o consórcio.

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