O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ligou para o padre Júlio Lancellotti para prestar “solidariedade e apoio”.

A ligação foi feita após o padre ser citado como um dos alvos de investigação em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo.

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“Ontem à noite, o ministro Alexandre de Moraes me ligou, eu fiquei muito sensibilizado com essa ligação. Ele manifestou solidariedade, apoio, porque eu conheço o ministro Alexandre de Moraes há mais de 30 anos, desde o seu trabalho aqui em São Paulo, na Secretaria da Justiça e na Segurança Pública”, disse o padre em entrevista à CNN.

Lancellotti afirmou ainda que Alexandre de Moraes disse que está “juntando todas as informações e, para isso também, ia conversar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que manifestava apoio e solidariedade e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos”.

Entenda

Vereadores de São Paulo reunirem assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar as organizações não governamentais (ONGs) que atuam na Cracolândia, em São Paulo. Se instalada, o padre Lancellotti será um dos principais alvos da CPI.

Arquidiocese de SP defende atuação do padre Júlio Lancellotti
O padre tem atuação constante a favor de moradores de rua – Foto: Reprodução/ Instagram @padrejulio.lancellotti

O autor da proposta, vereador Rubinho Nunes (União), justificou a abertura da CPI:

“Os dependentes químicos precisam de programas de tratamento de alta qualidade para ajudar a superar o vício. Uma CPI pode avaliar a eficácia dos programas oferecidos pelas ONGs, determinando se elas estão alcançando os resultados desejados, pois em algumas situações, pode haver preocupações éticas, como a exploração de dependentes químicos”.

Ainda na quinta-feira (4), os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, Thammy Miranda (PL), Sydney Cruz (Solidariedade), Sandra Tadeu (União) e Xexéu Tripoli (PSDB) retiraram suas assinaturas do pedido de abertura de CPI após tomarem conhecimento que o padre seria um dos alvos de investigação.

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