Para tentar combater o garimpo ilegal, o governo anunciou nesta terça-feira (9), que Polícia Federal e as Forças Armadas serão fixados permanentemente na Terra Indígena Yanomami.

O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após reunião que ocorreu no Palácio do Planalto.

O plano do governo consiste na criação de uma “casa de governo” permanente em Roraima, estrutura que coordenará a atuação transversal de diversos órgãos federais na TI Yanomami.

Entre os participantes estão a Funai, Ibama, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Abin e os Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), dos Povos Indígenas (MPI), da Educação e dos Direitos Humanos (MDH).

Além de Rui Costa, participaram do encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e outros 12 ministros, incluindo a ministra Marina Silva.

Quem se pronunciou no início da reunião foi o presidente Lula, que falou sobre a questão do povo Yanomami.  

“Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado, ou seja, nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter. Não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, disse.

O governo fez um decreto de emergência de saúde pública no território, em 20 de janeiro do ano passado, devido a desnutrição grave e dos casos de malária que atingiam adultos e crianças, e buscou expulsar os garimpeiros. Mas, a situação ainda é preocupante, e os garimpeiros continuam invadindo a terra.