O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que o deputado federal e ex-presidente da Abin, Alexandre Ramagem, usou a Agência Brasileira de Inteligência para espionar ilegalmente autoridades, em favor da família Bolsonaro.

“Os policiais federais destacados, sob a direção de Alexandre Ramagem, utilizaram das ferramentas e serviços da ABIN para serviços e contrainteligência ilícitos e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo, para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro, filho do então Presidente Jair Bolsonaro”, escreveu Moraes no despacho.

Segundo a Polícia Federal (PF), estão na lista dos espionados o ex-deputado Rodrigo Maia, a ex-deputada Joice Hasselmann, o governador, a época, Camilo Santana (PT-CE), hoje ministro da Educação.

“A utilização da ABIN para fins ilícitos é, novamente, apontada pela Polícia Federal e confirmada na investigação quando demonstra a preparação de relatórios para defesa do senador Flávio Bolsonaro, sob responsabilidade de Marcelo Bormevet, que ocupava o posto de chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN), como bem destacado pela Procuradoria-Geral da República”, finalizou o ministro.