A Polícia Federal investiga se a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou dos serviços da instituição para monitorar ministros do STF e obter informações de adversários políticos de parlamentares da direita.
Os alvos da “Abin Paralela” seriam o ex-governador do Ceará, Camilo Santana (atual ministro da Educação) e o ministro do STF Gilmar Mendes.
À época dos supostos monitoramentos paralelos da Abin, o diretor era o delegado Alexandre Ramagem, que foi alvo de operação da PF.
Ramagem foi alvo da operação da Polícia Federal, “Vigilância Aproximada”. A Polícia Federal fez buscas no gabinete de Ramagem, na Câmara dos Deputados, e no apartamento funcional da Câmara dos Deputados utilizado por ele.
Caso a PF comprove o envolvimento dos investigados, eles devem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.
Em 2023, três diretores da Abin foram exonerados após serem afastados por investigação da Polícia Federal.
A PF já investigava suposta cooperação de agentes da Abin em espionagem irregular de políticos, de ministros do Supremo Tribunal Federal, de advogados e jornalistas.