Medidas para proteger os indígenas Pataxó Hã Hã Hãe, no sul da Bahia, foram cobradas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (24).
A ação foi tomada pela Câmara de Populações Indígenas e Povos Tradicionais (órgão da PGR), após um grupo de pataxós ser atacado na cidade de Potiraguá, no sudoeste baiano.
Uma mulher, identificada como Maria de Fátima Muniz, conhecida como a Nega Pataxó, foi baleada e não resistiu aos ferimentos.
Além dela, o cacique Nailton Muniz Pataxó também foi atingido, teve que passar uma cirurgia e se recupera.
Durante o ataque, outros indígenas também foram feridos, e os dois fazendeiros da região que são acusados pelos crimes foram detidos e devem responder por homicídio e tentativa de homicídio.
A subprocuradora Eliana Torelly, informou em nota, que os responsáveis pelos ataques devem ser responsabilizados e punidos, e esta acompanhando as investigações.
“Permaneceremos acompanhando os processos de regularização fundiária das terras indígenas, cobrando providências imediatas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério dos Povos Indígenas e do governo do estado da Bahia para proteção do povo Pataxó Hã Hã Hãe”, afirmou a subprocuradora.
Além disso, o governo da Bahia afirmou que vai criar um grupo de trabalho para discutir sobre os conflitos por terras no estado.