Ícone do site Portal Norte

Novo salário mínimo começa a ser pago nesta quinta (1º)

Segundo o Dieese, o reajuste do saláriio mínimo afeta 59,3 milhões de trabalhadores - Foto: Marcello Casal Jt/Agência Brasil

Começa a ser pago a partir desta quinta-feira (1º) o novo valor do salário mínimo, referente ao mês de janeiro.  Com aumento de 6,97%,  o salário mínimo oficial passará de R$ 1.320, em vigor entre maio e dezembro de 2023, para R$ 1.412.  O reajuste representa um ganho real de 5,77%.  

O novo valor corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pelo Congresso em agosto.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.

VALORIZAÇÃO

De 2007 a 2019, vigorava a política semelhante à atual, em que o salário mínimo era corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Para o caso de encolhimento do PIB, havia a reposição apenas pela inflação. De 2020 a 2022, o salário mínimo passou a ser corrigido apenas pelo INPC, sem ganhos reais.

No ano passado, houve dois aumentos. De janeiro a maio, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.302, com ganho real de 1,41%. A partir de maio, quando o governo editou a medida provisória retomando a política salarial anterior, o salário passou para R$ 1.320, com valorização real de 2,8% em relação ao mínimo de 2022.

IMPACTO

O novo valor aumentará os gastos da União em R$ 35 bilhões neste ano. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas do governo em R$ 389 milhões. Os cálculos, no entanto, não consideram os ganhos de arrecadação decorrentes do aumento do consumo.

Sair da versão mobile