O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) antecipou para 8 de fevereiro o início do julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A sessão estava inicialmente marcada para 19 de fevereiro.
As ações da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) e do PL contra Moro foram liberadas nesta terça-feira (30) pelo relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha. Se for condenado, o ex-juiz da Operação Lava Jato perde o mandato e pode ficar inelegível.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) é a favor da cassação por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Inicialmente, Moro pretendia sair candidato a presidente. Para o MP, os investimentos desequilibraram a disputa ao Senado, depois que o ex-juiz decidiu mudar a estratégia e concorrer a senador. O órgão afirma que os gastos na pré-campanha excederam o limite razoável.
Já o Conselho Nacional de Justiça está investigando se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.