Durante apresentação dos resultados de de sua gestão como ministro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino ressaltou que o governo Lula nunca interfeiriu na autonomia da Polícia Federal.

“Mas eu afirmo cabalmente que, nesses 13 meses, o presidente da República não me pediu nada, nem para investigar, nem para deixar de investigar. Nenhum ministro de Estado se dirigiu a mim para pedir qualquer coisa. Nunca houve interferência de autoridade de governo na autonomia técnica da Polícia Federal”, disse Dino.

Dino foi questionado sobre a possibilidade de perseguição aos parlamentares da oposição. O ministro disse que tem “repulsa” da ideia de uso político para interfeir nas polícias.

“A Polícia Federal não pode ser acusada, porque ela não inventa investigação, as investigações nascem de indícios. Às vezes perguntam ‘por que fazer busca e apreensão’? Faz-se busca e apreensão, porque há indícios. A busca e apreensão não é feita quando você tem a certeza do crime, porque se tivesse a certeza não precisava da busca e apreensão”, disse.

Despedida

Nesta quarta-feira, o ministro Flávio Dino se despediu do do ministério da Justiça e Segurança Pública.

Flávio Dino deixa a pasta para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro. Enquanto a posse não acontece, Dino afirmou que deve apresentar propostas voltadas a segurança pública no Senado Federal.