O procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi favorável à Operação que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
O parecer foi assinado por Gonet, quatro dias após ele tomar posse para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O novo procurador foi empossado no dia 18 de dezembro e a decisão foi proferida no dia 22 do mesmo mês.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF), que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
Gonet foi a favor das buscas e prisões preventivas realizadas contra os aliados de Bolsonaro.
No parecer, o procurador-geral da República afirma que há materialidade delitiva e indícios de autoria dos crimes investigados.
“O acesso privilegiado às informações sensíveis e às circunstâncias identificadas evidenciam ações de vigilância e monitoramento em níveis avançados, o que pode significar que, sobretudo por meio da atuação de Marcelo Costa Câmara, o grupo criminoso utilizou equipamentos tecnológicos fora do alcance legal das autoridades de controle oficiais”, destacou.
Além disso, o procurador afirmou que Filipe Martins teria levado a minuta golpista até o ex-presidente e fez as alterações pedidas por Bolsonaro.
As mensagens encontradas em aparelhos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens de Bolsonaro, ajudaram na decisão de Gonet.