O coronel Bernardo Romão Correa Neto foi preso pela Polícia Federal (PF) ao desembarcar em Brasília no início da madrugada deste domingo (11), vindo dos Estados Unidos. O militar foi alvo de um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao ser recebido no aeroporto pela PF, Correa Neto teve três passaportes (um deles diplomático) e um celular apreendidos. Em seguida, o militar foi entregue à Polícia do Exército para ficar sob custódia da instituição.
Nesta quinta-feira (8), o coronel e outros três investigados na Operação Tempus Veritatis (“hora da verdade”, em latim) tiveram a prisão preventiva decretada. Os quatro são investigados por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito. Apenas o Correa Neto não havia sido preso, por estar no exterior.
Os outros três presos na operação de quinta-feira foram Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e assessor do ex-presidente; Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.
Ao justificar a prisão, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou que “a investigação identificou que Correa Neto agia como homem de confiança de Mauro Cid, executando tarefas fora do Palácio da Alvorada que o então Ajudante de Ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar”.