Paulo Cunha Bueno, um dos advogados de Jair Bolsonaro (PL), disse nesta quarta-feira (14) que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do passaporte do ex-presidente.

Na semana passada, Bolsonaro entregou seu passaporte às autoridades, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) , Alexandre de Moraes. A medida integrava a operação deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de investigar a suspeita de tentativa de golpe de Estado.

Na decisão, o magistrado, além de determinar a entrega do passaporte, proibiu o ex-presidente de manter contato com outros investigados.

A defesa de Bolsonaro argumenta que, até agora, não haveria elementos na investigação que justifiquem a apreensão do documento e que o ex-mandatário tem viagens internacionais previstas em sua agenda.

“Absurda a decisão, visto que o presidente nunca deu qualquer indício de que se evadiria, sempre comparecendo a todas as intimações para depor. Bem pelo contrário, quando [Bolsonaro] foi à Argentina para a posse do presidente Javier Milei, eu mesmo tomei a cautela de informar [a viagem] ao STF, evidenciando que [o ex-presidente] sempre respeitou as investigações em andamento”, disse Bueno ao G1, confirmando o pedido de devolução.

Uma das viagens seria para os Estados Unidos, onde o ex-presidente participaria da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês). O evento acontecerá entre os dias 21 e 24 de fevereiro, em Washington D.C., e deve reunir nomes da direita internacional como o ex-presidente americano Donald Trump e o presidente da Argentina, Javier Milei

Caberá a Moraes a decisão sobre a devolução do documento.