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Embaixador brasileiro no Egito exalta o potencial para parcerias

Lula (PT) desembarcou no Egito na manhã desta quarta-feira (14) - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, destaca as similaridades entre os dois países e aponta oportunidades presentes na visita oficial que o presidente Lula (PT) está fazendo nesta quarta-feira (14).

Na visão do diplomata, o Egito é um país que mantém estabilidade econômica e social numa região em que o conflito é um fator quase permanente. É uma nação que se situa entre o primeiro e o segundo maior destino de exportações brasileiras para a África.  Trata-se de um território fértil para novas parcerias, em especial no setor agropecuário.

“Essa visita se enquadra num marco importante, afinal são 100 anos de relações diplomáticas ininterruptas”, lembrou o embaixador brasileiro no Cairo.

Em 2023, o comércio bilateral entre os países chegou a US$ 2,8 bilhões.  O Brasil importou US$ 489 milhões em produtos egípcios e exportou US$ 1,83 bilhão.

Na África, o Egito ficou atrás apenas da Argélia nas relações comerciais com o Brasil, com US$ 4,2 bilhões. O país africano também se tornou integrante do BRICS em 2024 e participará do G20 a convite do governo brasileiro, que preside o bloco até dezembro.

“Há muito interesse aqui no Egito em tentar repetir, na medida das circunstâncias e possibilidades daqui, a experiência exitosa que tivemos com a Embrapa há 40 anos, quando conseguimos gradualmente tornar a agricultura brasileira uma potência”, afirmou o embaixador brasileiro.

O comércio entre as nações tende a aumentar nos próximos anos, após a abertura do mercado egípcio a diversos produtos brasileiros em 2023, como peixes e derivados, carne de aves, algodão, bananas, gelatina e colágeno. A expectativa é de que o governo egípcio aprove em breve novos abatedouros e frigoríficos no Brasil, para exportação de carne bovina. Também será discutida a abertura de uma rota aérea entre os dois países, ligando São Paulo ao Cairo.

MODERAÇÃO 

O embaixador Carvalho Neto também enfatizou o papel estratégico do Egito no contexto geopolítico, por ter uma diplomacia ativa e estar numa região em que os conflitos são quase que permanentes. “O Egito, a exemplo do Brasil, tem um papel moderador, um papel de equilíbrio em busca de soluções pacíficas para os conflitos aqui da região, especialmente agora no conflito entre Israel e Hamas. É importante ressaltar que o Egito teve papel fundamental de apoio à evacuação de cidadãos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. Sem o Egito, nós não teríamos conseguido agir da maneira que nós agimos, com êxito”, explicou.

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