Imagens antigas de caminhões extraindo madeira ilegalmente na Amazônia, como se fossem atuais, estão circulando na internet.  A gravação que tem repercutido nas redes sociais é de 2019 e foi realizada na região da cachoeira do Aruã, cerca de 100 km de Santarém (PA).

O desmatamento Amazônia, em área sob alertas, caiu 49,9% em 2023 na comparação com 2022, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados em janeiro deste ano. Segundo a Secretaria de Comunicação do governo federal, “O número é resultado da retomada da política ambiental e climática e das ações de fiscalização após quatro anos de retrocesso”.

Com a queda do desmatamento, neste ano, deixaram de ser lançados na atmosfera cerca de  250 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e). Isso corresponde a cerca de 14% das emissões do Brasil, tendo como base o ano de 2020, último dado oficial disponível.

Os autos de infração por crimes contra a flora emitidos pelo Ibama entre janeiro e dezembro de 2023 aumentaram 106% na comparação com a média de 2019 a 2022.

Yanomami

A retomada dos trabalhos do Ibama no governo Lula (PT) também impactou as Terras Indígenas (TIs), com a realização de mais de 600 operações em 2023. Dados do programa Brasil MAIS, da Polícia Federal apontam que na TI Yanomami houve redução de 77% da área desmatada para abertura de garimpos de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Cerca de 33 aeronaves e mais de 360 acampamentos de garimpeiros foram destruídos por agentes da fiscalização na TI Yanomami, além de centenas de motores, balsas e barcos usados ilegalmente.

O governo federal anunciou ainda, em janeiro deste ano, que terá presença permanente no território Yanomami, em Roraima, para combater o garimpo ilegal e garantir proteção aos indígenas da região. Após medidas emergenciais em 2023, a nova fase terá orçamento de R$ 1,2 bilhão para ações estruturais que fortaleçam a saúde pública, a fiscalização e o controle territorial.