A recente passagem de um navio carregado com 19 mil bois vivos do Brasil para o Iraque causou uma onda de indignação e preocupação ambiental na Cidade do Cabo, capital da África do Sul.

A embarcação, apelidada de ‘curral flutuante’, fez uma parada de abastecimento na cidade sul-africana, deixando para trás um rastro de polêmicas.

O jornal inglês The Guardian relatou que a chegada do navio foi acompanhada por um “fedor inimaginável” que se espalhou pela cidade.

A situação chamou a atenção do Conselho Nacional de Sociedades para a Prevenção da Crueldade contra Animais, uma organização sul-africana de proteção aos animais, que subiu a bordo para verificar as condições dos bovinos.

Bois em condições precárias

O cenário encontrado pelo conselho foi descrito como “abominável”, com relatos de bois doentes e mortos a bordo. A situação gerou críticas e debates sobre as práticas de transporte de animais vivos e levantou questões sobre as condições de saúde e bem-estar dos animais durante a viagem marítima.

Postagens nas redes sociais e registros públicos de navegação indicam que a carga viva é de origem brasileira, proveniente do Rio Grande do Sul, antes de ser transportada para o Iraque.

Os animais estavam saudáveis antes do embarque, o que levanta questionamentos sobre as condições do transporte marítimo e as possíveis causas da deterioração da saúde dos bovinos durante a viagem.