O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados políticos prestaram depoimento à PF (Polícia Federal) ontem. A Polícia Federal investiga tentativa de golpe de Estado.

As investigações apontam que Bolsonaro e aliados organizaram a tentativa de um golpe de Estado para mantê-lo no poder, impedindo a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Prestaram depoimento:

  • Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro);
  • Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército);
  • Walter Souza Braga Netto (ex ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército);
  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência);
  • Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército);
  • Bernardo Ferreira de Araújo Júnior; e Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).

Dos alvos da Polícia Federal, segundo advogados, estima-se que Braga Netto, Bolsonaro, Paulo Sergio Nogueira e Augusto Heleno tenham permanecido em silêncio.

Anderson Torres respondeu todas as perguntas feitas pelo delegado da PF.

Além de Torres, Valdemar (presidente do PL) também respondeu todas as perguntas feitas pelos investigadores.

Silêncio

Segundo a defesa, o silêncio faz parte da estratégia dos advogados.


“O presidente fez uso do silêncio. Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício constitucional do silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos por quais estão sendo imputados ao presidente a prática de certos delitos”, disse Wajngarten, advogado de Bolsonaro.