O senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que o atual governo impede o fim do auxílio-reclusão, destinado às famílias de criminosos.
Em entrevista concedida ao Portal Norte nesta quarta-feira (28), Plínio ressaltou que a política de “premiar bandidos” faz parte do governo, que é muito “generoso com os infratores”.
“Não é uma resistência explícita, de algum político específico, mas faz parte desse governo atual que premia os infratores”, destacou.
Segundo Plínio, o governo não abriria mão dos benefícios concedidos aos criminosos, que ocorre desde o primeiro mandato do Partido dos Trabalhadores (PT).
De acordo com o parlamentar, 50% seria ideal, mas também sofreria resistência. Ele disse que 30% já “abre o caminho para ir além”, mas que o processo dependerá de muita discussão política.
“São várias correntes, cabeças e pensamentos. Tem que ser algo que seja possível de discussão”.
O senador, que recebeu discordâncias em relação a proposição de autoria dele, sugere 30% do benefício às famílias das vítimas.
“Eu tenho recebido muitas críticas por não ter proposto direto os 50%, mas isso seria pior do que os 30%. O ideal é que realmente não tivesse o auxílio reclusão, mas isso faz parte da política do governo atual que insiste em premiar bandidos e prejudicar as vítimas”.
“Propusemos os 30%, mesmo sabendo da dificuldade de aceitação dos mesmos. É uma tentativa de abrir o caminho para os 50%, é uma coisa nossa desse navegar na política”, finalizou.
Atualmente, o auxílio-reclusão é pago aos dependentes do trabalhador de baixa renda, enquanto esse segurado estiver preso em regime fechado e não receber remuneração da empresa para a qual trabalha.