Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou uma lei que cria a “licença menstrual”.
O objetivo é beneficiar servidoras que sofrem com sintomas graves ligados ao fluxo menstrual. Fortes cólicas, dor no corpo e na cabeça são motivos para solicitar a licença de três dias.
A mulher precisa passar por uma consulta médica que comprove os sintomas. A ginecologista do Hospital Sírio Libaneis, doutora Paolinne Lima Silva afirmou que a lei aprovada pela câmara é um “sopro de esperança”.
“A lei aprovada pela CLDF vem para acolher essas mulheres e trazer a saúde menstrual para a pauta das empresas e das famílias.”
De acordo com a ginecologista, a cólica e o fluxo intenso são algumas das maiores queixas das pacientes.
“Sangrar demais não é normal. Ter cólicas intensas também não. Existem várias causas envolvidas nesse adoecimento do processo menstrual. Talvez a mais importante delas seja a Endometriose, doença crônica que causa dores intensas.”
O autor da proposta é o deputado distrital Max Maciel (PSOL), ele afirmou que já existem projetos parados na Câmara dos Deputados e em outros estados sobre a licença médica.
“A promulgação da lei é muito importante e será fundamental para aquelas mulheres que sofrem com os sintomas graves associados ao fluxo menstrual e tem a sua produtividade prejudicada no trabalho”, afirma o distrital.
A autora da proposta na Câmara é a Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). No texto, a mulher precisa comprovar os sintomas, além disso, a licença não é descontada do salário.
“Cerca de 15% das mulheres enfrentam sintomas graves, com fortes dores na região inferior do abdômen e cólicas intensas, que chegam, muitas vezes, a prejudicar sua rotina”, disse Feghali.