Os estados do Amazonas e Piauí estão próximos de suspender a vacinação contra a febre aftosa.  O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que após a última etapa, programada para abril, os dois estados se juntam ao Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, que também vacinam seus animais pela última vez nesta etapa.

A medida tem como objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira.

A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Reconhecimento internacional

Neste mês de março, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinará ato normativo reconhecendo nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

O ato também disciplinará o armazenamento, a comercialização e o uso de vacina contra a febre aftosa. Além disso, haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados que foram autorizados a suspender a vacinação e as demais unidades federativas que ainda praticam a vacinação no país.

A expectativa para o passo seguinte é o reconhecimento internacional destas unidades da Federação como livres de febre aftosa sem vacinação.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).