Motoristas de aplicativo participaram de uma manifestação contra a urgência do Projeto de Lei que regulamenta o trabalho da classe, nesta quarta-feira (13), em Brasília.  

O Projeto de Lei 12/2024 enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não agradou a classe e causou revolta em alguns motoristas.  

De acordo com os organizadores, a manifestação foi feita para “pressionar o governo contra o pedido de urgência” para a aprovação do PL.

No Brasil, o número de motoristas de aplicativo ultrapassa a margem de um milhão e quinhentos mil atuantes. Os dados são do IBGE.

Posicionamento dos motoristas

Jean Carlo, representante da categoria que apoia o governo de Lula afimou que não concorda com a proposta.

“Ela não é favorável forma como está sendo colocada, não é favorável como foi criada, essa questão do ganho por hora, a porcentagem sobre o ganho bruto para a previdência e um sindicato que não nos escuta estes são os principais problemas”.

A afirmativa do motorista é a realidade de vários outros que estavam discursando no trio elétrico.

Um dos organizadores da paralização, Lucas Dias explicou que pagar pela hora trabalhada é interessante, porém o quilômetro rodado precisa estar no texto da proposta.

“Hoje o motorista tem um custo rodado por quilômetro, não por hora. A hora trabalhada é interessante, mas o quilômetro rodado precisa ser especificado neste PL.”

Retirada da urgência

O presidente da Frente Parlamentar que apoia a atuação dos motoristas por aplicativo, deputado Daniel Agrobom (PL-GO), visitou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta e afirmou que Lira está aberto à discussões para a retirada da urgência do PL.

“Estava na casa do presidente Arthur Lira, tratando do projeto, é muito importante isso, que nós estamos tratando de retirar esta urgência (…) o presidente da casa se colocou à disposição.”

Outra novidade apresentada pelo deputado é a criação de uma comissão geral no plenário para que a classe debata o assunto.

Alguns estados já estão se movimento para uma nova manifestação no dia 26 de março, em Brasília.