Ícone do site Portal Norte

Prisão de Moraes ‘era necessária’, disse general à PF

Dos 50 pedidos de impeachment contra ministros do STF, Alexandre de Moraes lidera o ranking

Ministro do STF, Alexandre de Moraes lidera o ranking. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes seria necessária para a “volta da normalidade institucional e a harmonia entre os poderes”. A afirmação foi do general da reserva do Exército Laercio Vergílio,  em depoimento à Policia Federal (PF).

O militar é investigado por suposta participação em um plano para prender Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe, que tramita no Supremo.  Nesta sexta-feira (15), o ministro retirou o sigilo de todos os depoimentos prestados pelos investigados.

No depoimento prestado no dia 22 de fevereiro deste ano, o general da reserva foi questionado sobre os áudios captados com autorização judicial que mostram conversas dele com o militar da reserva Aílton Gonçalves, que também é investigado no caso das fraudes nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro. 

Em uma das conversas, Laercio comentou que Moraes deveria ser preso no dia 18 de dezembro de 2022, um domingo, pelo comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia, um dos grupamentos do Exército. 

Questionado pelos policiais sobre sua fala, o general da reserva disse que não executou ou planejou qualquer ato para monitorar ou tentar prender o ministro. 

“Respondeu que não sabe dizer como se daria uma suposta prisão do ministro Alexandre de Moraes, porque estava na reserva desde 2000 e apenas deu sua opinião em relação a esse fato, porque, no seu ponto de vista, a prisão seria necessária para volta da normalidade institucional e harmonia entre os poderes”, diz trecho do depoimento. 

Laercio também negou no depoimento ter defendido um golpe de Estado ao se mostrar favorável à realização de uma “operação especial” que seria liderada por Jair Bolsonaro. 

Apesar de reconhecer que discutiu a prisão de Moraes com Ailton Barros, Vergílio sustenta que não se tratava de um golpe de Estado. Em mais de um momento diz que tudo seria feito por Bolsonaro com embasamento jurídico.

“Esclarece que a chamada operação especial seria uma fase posterior e que tudo deveria ser realizado dentro da lei e da ordem, embasado juridicamente na Constituição”, afirmou no depoimento. 

* Com informações da Agência Brasil

Sair da versão mobile