A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, que investiga as ações da empresa petroquímica em Maceió (AL), segue rendendo discussões.
O relator da comissão, senador Rogério Carvalho (PT-SE), quer solicitar busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia (MME), caso a Pasta não ceda dados.
Além do prazo fixado de 5 dias úteis, que o MME não cumpriu, a CPI ainda prorrogou por mais 5 dias. O ministério venceu o segundo prazo e até o momento, está prejudicando o seguimento das investigações da CPI.
Rogério Carvalho ainda estabeleceu um prazo limite de 3 dias, mas caso o MME não cumpra pela terceira vez, ele solicitará a busca e apreensão.
Na última sessão, ocorrida nessa terça-feira (18), a CPI da Braskem ouviu o ex-secretário de Geologia Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal de Oliveira.
Durante seu depoimento, ele destacou que no período em que trabalho no ministério haviam duas versões que justificavam o afundamento dos bairros em Maceió.
A primeira dizia que as rachaduras encontradas na capital foram provocadas por terremotos, ou seja causas naturais. Já a segunda, culpava a extração de sal-gema nas minas da Braskem. O relator disse que as duas versões buscaram “confundir e retirar a responsabilidade de uma lavra predatória feita em Maceió.”
Rogério Carvalho destacou que, até o momento, os depoimentos da CPI e os documentos analisados indicam que o setor mineral era o responsável pela fiscalização.
“É a própria mineradora que informa as condições técnicas em que se encontram as minas. Isso não é suficiente para dar segurança e para evitar danos como o que aconteceu em Maceió”, destacou.