Nesta segunda-feira (25), os Ministérios do Trabalho e Emprego e da Mulher, divulgaram que mulheres ainda ganham menos que homens. Segundo o 1° Relatório Nacional de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, há uma diferença de 19,4% entre os salários das mulheres e dos homens.
O levantamento contém um balanço com informações enviadas por 49.587 estabelecimentos com mais de 100 funcionários. A maioria deles possui mais de 10 anos de existência.
Ainda sobre a diferença de 19,4%, ela varia de acordo com o grupo ocupacional. Segundo o relatório, quanto ao cargo de dirigentes e gerentes, por exemplo, o diferencial de remuneração chega a 25,2%.
O empenho quanto a apuração dos dados atende a Lei 14.611/2023 sancionada ainda no ano passado pelo presidente Lula. A Lei dispõe sobre a Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios Entre Mulheres e Homens.
Segundo o MTE, desde que a Lei 14.611 entrou em vigor, pela primeira vez, ” é possível conhecer, de forma ampliada, a realidade remuneratória dos trabalhadores nas empresas e suas políticas de incentivo à contratação e promoção na perspectiva de gênero.”
No recorte sobre raça/cor, o relatório aponta que além de estarem em menor número, com apenas 16,9% em vínculos no mercado de trabalho, mulheres negras são as que têm renda mais desigual.
Conforme os dados, a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89 (68% da média), enquanto a de homens-não negros é de R$ 5.718,40 (27,9% superior à média).
O Relatório Nacional trouxe ainda informações sobre outros estados como São Paulo. Segundo os dados, na capital paulista há a maior diversidade de situações quanto à remuneração. As mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens, espelhando a desigualdade média nacional. A remuneração média em São Paulo é de R$ 5.387.