A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tornando réu Jair Renan Bolsonaro, filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras cinco pessoas. Todos são acusados de praticar os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
A denúncia do MPDFT acusa o filho do ex-presidente e outros réus de forjar uma declaração de faturamento de R$4,6 milhões de uma empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia. O objetivo seria dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$291 mil, entre 2022 e 2023.
“Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade […], que foi inquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais”, diz um trecho do relatório policial.
Segundo o MPDFT, “no período compreendido entre novembro de 2020 e julho de 2023”, Jair Renan, Maciel Alves e outros acusados “ocultaram ou dissimularam a natureza, origem, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores de origem criminosa, proveniente, direta ou indiretamente, da prática de crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos e particulares”.
Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou que Jair Renan pagasse a dívida ao banco, já na casa dos R$360 mil. O filho do ex-presidente é pré-candidato e vereador por Balneário Camboriú (SC). Ele disse que se mudou para lá por ser uma cidade com um “povo trabalhador e honesto”.