É preciso “sair do discurso romântico, poético e falacioso” e agir de forma efetiva em favor da região. Assim o senador Confúcio Moura (MDB-RO) cobrou em plenário, nesta segunda-feira (8), medidas para o desenvolvimento econômico da Amazônia.
Para o senador, é preciso agir de forma efetiva em favor da região, que ainda registra péssimos indicadores sociais, embora conte com “recursos e oportunidades infinitas” em diversos setores.
Com 26 milhões de habitantes, a Amazônia exige o desenvolvimento e a continuidade de pesquisas de forma adequada, defendeu Confúcio Moura. O senador lamentou que a região ainda sofra com o desmatamento ilegal, baixos indicadores de desenvolvimento social e econômico, saneamento básico deficiente e carência alimentar, o que indica um “verdadeiro paradoxo brasileiro”, tendo em vista que a região pertence a um país que se destaca na produção mundial de alimentos.
Confúcio Moura destacou que os recursos da pesquisa científica, biotecnologia e preservação das florestas, que poderiam incentivar a riqueza das populações locais, são dirigidos a poucos e acabam contingenciados pela União para pagamento de juros da dívida, o que prejudica de maneira decisiva o desenvolvimento da Amazônia.
Para o senador, o primeiro passo seria oferecer ao homem da Amazônia as condições mínimas de sobrevivência e dignidade, para depois cobrar conscientização para defender a floresta em pé como ativo importante. “Pobreza não combina com a preservação ambiental”, disse.
“Contingenciar recursos de estados já pobres prejudica a educação, a tecnologia, o acesso à internet, a infraestrutura das cidades, o saneamento básico, o combate às desigualdades, a redução das injustiças sociais. Na Amazônia, as oportunidades são infinitas”, destacou o senador.
Confúcio Moura disse ainda que “há muito discurso e muita teoria”, mas que são necessários, na prática, benefícios palpáveis para que as comunidades tradicionais possam atuar como guardiãs seculares das florestas. O senador concluiu que é preciso colocar a Amazônia no Orçamento da União e ter como parceiros entidades sérias que trabalham em favor da região, além de ações que valorizem as riquezas locais e favoreçam o desenvolvimento social e econômico.