Nesta quarta-feira (10) a CPI que investiga os afundamentos ocorridos em Maceió ouviu o vice-presidente da Braskem, Marcelo Arantes de Carvalho. Pela 1ª vez desde o início das investigações, a empresa admitiu a culpa pelo desastre.
“A Braskem tem, sim, a contribuição e é responsável pelo evento em Maceió. Isso já ficou claro. Não é à toa que todos os esforços da companhia têm sido colocados para reparar, mitigar e compensar todo o dano causado à subsidência na região”, declarou Marcelo Arantes.
Ao longo das sessões anteriores, a empresa negou diversas vezes o seu envolvimento em vista dos primeiros relatórios que apontavam a culpa da Braskem. Antes de comparecer a oitiva, o vice-presidente da Braskem teve um pedido de habeas corpos concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Após o aval do ministro do STF, Dias Toffoli, Marcelo Arantes também poderia permanecer em silêncio diante das perguntas feitas durante a sessão. O silêncio do vice-presidente da Braskem, em alguns momentos nesta quarta-feira, gerou incômodo por parte do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
Além de vice-presidente da Braskem, Marcelo Arantes atuou em Maceió durante as operações, estabelecendo a comunicação entre a empresa e comunidade local.