O senador Dr. Hiran (PP-RR), questionou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (16) sobre a reserva Yanomami, e afirmou que estratégias propostas são antigas.
“Todos nós sabemos que a presença garimpeira dentro da reserva yanomami ela é histórica, ela remonta mais de 80 anos. Eu vejo com muita reserva quando se diz que vai se criar modelo novo de combate ou controle de novas endemias na reserva, e na realidade estas estratégias são antigas,” disse o senador.
Durante a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), a ministra apresentou aos parlamentares ações e planejamentos do ministério. Respondendo o questionamento do senador, Nísia pontuou sobre a atuação da Pasta em relação aos Yanomami.
“Trabalhamos muito pra isso com a reabertura dos polos de unidade em saúde, com a destinação de 30 médicos do mais médicos para aquela região com atuação da força nacional do SUS e com a nossa coordenação de malária.”
Como inovação, a ministra afirmou que está introduzindo um novo medicamento contra a malária que pode ser usado por pessoas com mais de 16 anos.
“Nós estamos introduzindo no caso da malária (…) um novo medicamento tecnológico que é a tafenoquina que permite a administração em dose única”.
Recurso emergencial para saúde indígena
O senador citou o recurso extraordinário 1209 que destinou um bilhão para 8 ministérios por meio de medida emergencial em saúde pública, para dar assistência ao povo Yanomami.
“Nos parece que o ministério da saúde deveria estar mais diretamente envolvido na gestão destes recursos bilionários, eles foram distribuídos em vários ministérios, disse o senador.”
Nísia usou o apontamento do Supremo Tribunal Federal que cita o governo anterior para explicar a destinação dos rescursos e como eles foram alocados.
“Estes recursos no caso do Ministério da saúde, eles foram alocados diretamente do nosso orçamento exatamente por que nós tivemos este ano um incremento, além da recuperação da ordem de 60% do ano passado que era uma área muito crítica não só na nossa avaliação, mas como podemos ver no próprio apontamento do Supremo Tribunal Federal a partir da arguição de descumprimento de preceito constitucional relativo ao governo passado.”