Nesta segunda-feira (29), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas se reúne para ouvir representantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) .

Na reunião, senadores questionaram os representantes da CBF sobre quais ações firam feitas pela Confederação para combater a manipulação de resultados nos jogos de futebol.

O diretor de Competições da CBF, Júlio Avellar, reconheceu que o crescimento das apostas e manipulação de resultados traz sérias consequências para o esporte no Brasil. Segundo ele, o governo brasileiro e a CBF tem atuado para combater a manipulação de resultados. “Somos referência no combate a manipulação de resultados”.

Avellar destacou um canal de atendimento para denúncias e suspeitas de manipulação. Além disso, a CBF tem parceria com a empresa Sportradar, especialista em monitoras partidas de futebol.

“Ao identificar qualquer suspeita de irregularidade, a empresa elabora um relatório sobre os jogos suspeitos”.

Os relatórios obtidos pela empresa são direcionados para a Polícia Federal, que tem investigado as denúncias.

Eduardo Gussem, oficial de integridade da CBF, destacou a responsabilidade das autoridades públicas quanto as investigações sobre manipulação de resultados. 

Gussem foi questionado pelos senadores sobre o que a CBF faria em relação às denúncias feitas por John Textor, CEO do Botafogo. Em resposta, ele afirmou que a CBF está pronta para receber um documento formal com as provas da acusação.

O vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), declarou que está “assustado” com o que vem acontecido com o futebol. “O Brasil é campeão mundial em denúncias de manipulação de resultados, disse o senador.

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi criada por um requerimento do senador Romário (PL-RJ), que é o relator do caso e praticou de forma remota.

As próximas três reuniões da CPI serão em 13, 14 e 16 de maio. Neste último dia, os senadores devem ouvir Hélio Santos Menezes Junior, diretor de governança e conformidade da CBF, que não pôde comparecer na reunião desta segunda-feira.

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