O governo do Rio Grande do Sul apresentou um documento pedindo a União que suspenda o pagamento das dívidas do Estado.
Segundo o governo do RS, a suspensão da dívida de R$ 3,5 bilhões iria permitir a recuperação dos danos causados pelas enchentes. Na apresentação, o governo pede uma série de acordos com o governo federal em meio a “maior catástrofe climática do RS”.
No financeiro, o governo faz as seguinte demandas para a reconstrução:
- Simplificação dos procedimentos para acesso a recurso financeiros provenientes da Defesa Civil Nacional, da Assistência Social e de outros;
- Flexibilização das regras do teto de gastos;
- Suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida pelo período que durar a reconstrução;
Na apresentação, o governo cita o problema de restrição financeira, burocracia quadro técnico insuficiente, o que inviabiliza o processo de reconstrução.
Em visita ao Rio Grande do Sul neste domingo (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não haverá impedimento de burocracia para que a gente recupere” o Estado. Lula ainda reconheceu que o RS tem dificuldades financeiras.
Em entrevista, Eduardo Leite destacou que as restrições fiscais dificulta o processo de reconstrução.
“O Rio Grande do Sul é um Estado que tem dificuldades para operar na normalidade por conta das restrições fiscais, grave problema que temos por conta de dívidas contraídas ao longo de tempos”, disse
Estragos causados pelas enchentes
O Rio Grande do Sul enfrenta a maior enchente registrada na história do Estado. As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada já afetaram mais de 780,7 mil pessoas.
Até o momento, 88 pessoas morreram foram confirmadas. Outros seis óbitos ainda estão em investigação e 155 pessoas ficaram feridas. Há ainda 103 pessoas desaparecidas.
Estima-se que 95,7 mil abandonaram suas casas. Aproximadamente 104,6 mil pessoas estão desalojadas e 16,6 mil desabrigadas. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas fortes chuvas, o que representa 67,2% das cidades do estado.