De 497 municípios que formam o estado do Rio Grande do Sul, 447 foram afetados pelas fortes chuvas. Até o momento apenas alguns pediram ajuda financeira ao governo federal.

Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Waldez Góes, apenas 69 solicitaram ajuda financeira do governo.

“Temos 441 municípios em situação de calamidade. Logicamente que, até que seja feito o refinamento dessa classificação, nós imaginávamos que pelo menos 300 solicitassem algum tipo de recurso, mas apenas 69 solicitaram. Aprovamos sumariamente e já liberamos recursos”, disse o ministro em coletiva no último sábado (11).

O dado foi confirmado ao Portal Norte pelo ministério nesta segunda-feira (13).

Situação no RS:

O boletim desta segunda-feira (13) confirmou a morte de mais quatro pessoas, totalizando 147 vítimas fatais das chuvas no estado.

Os dados mostram que cerca de dois milhões de habitantes foram afetados pelas enchentes, 80 mil pessoas estão nos abrigos, e existem 538.241 desabrigados.

Resgate

Mais de 76 mil pessoas foram resgatadas pelo efetivo formado por civis e militares. Para auxiliar nas buscas, atuam 4.405 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.

Na última semana a ministra Simone Tebet comentou em uma coletiva de imprensa que os municípios não sabem o que pedir.

“Não vai faltar dinheiro para o Rio Grande do Sul, o dinheiro vai chegar no tempo certo, que não é agora, que não tem nem o que liberar porque nós não recebemos ainda as demandas dos prefeitos, eles não sabem o que pedir porque a água não baixou,” disse a jornalistas.

Municípios em estado de calamidade

Atualmente 397 municípios estão em estado de calamidade pública, e para simplificar o envio de verbas a Defesa Civil publicou uma portaria que estabelece ” à liberação sumária de recursos federais para ações de socorro e assistência às vítimas de desastres súbitos e de grande intensidade”.

De acordo com Góes, é preciso enviar apenas de um “simples ofício” com o decreto do governo do estado reconhecendo a calamidade para o Ministério da Defesa Civil Nacional.

“Se o município tem até 50 mil habitantes, a gente adianta logo R$ 200 mil, se tem até 100 mil, adiantamos R$ 300 mil. Se tiver acima de 100 mil, a gente adianta R$ 500 mil para, rapidamente, comprarem água, cestas básicas; para cuidar das pessoas que estão no abrigo, ” disse.