Um dos policiais militares presos pelo ocorrido em 8 de janeiro, Klepter Rosa prestou depoimento, nesta terça-feira (21), na audiência de introdução e julgamento. Sobre a oitiva, ocorreu no Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a audiência, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), justificou uma ofensa referida ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo Rosa, a mensagem usada como prova da acusação, em que chamava o ministro de “advocado da facção” é falsa.
O que levou à prisão do PM?
Quando os atos ocorreram, Klepter Rosa exercia o cargo de subcomandante-geral da PMDF e em 15 de fevereiro de 2023 assumiu o posto máximo. Porém, Rosa foi preso em 18 de agosto após ser acusado pela Procuradoria Geral da República.
Na alegação, a PGR acusa o PM de omissão, pois de acordo com as provas apresentadas o mesmo teria evitado deixar a sua tropa de prontidão a fim de evitar os ataques.
Entretanto, Klepter negou autoria nos áudios com menção à Ciro Gomes, considerados pelo mesmo como “falsos”.
“Não fiz nenhuma menção de que esse áudio era verdadeiro, fiz um simples encaminhamento. Haveria preocupação de que algo poderia vir a acontecer, e foi nessa circunstância que se deu o encaminhamento dessa mensagem”, alegou o PM.
Evento imprevisível
Durante a oitiva, Klepter Rosa se defendeu das acusações da PGR que afirmam que o coronel da PMDF foi omisso ao deixar sua tropa de prontidão ao invés de sobreaviso. No caso da prontidão, todos os militares ficaram no quartel para qualquer eventualidade.
Porém, em sua defesa Rosa justificou que os atos de 8 de janeiro aconteceram sem que os militares estivessem esperando e que não possível prever por conta própria esse tipo de ataque.
“É extremamente difícil definir emprego de tropa para um evento sem data nem horário”, justificou Klepter Rosa.