A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um alerta nesta 4ª feira (22), para a necessidade de se construir medidas para prevenir e mitigar eventos extremos ligados às mudanças climáticas, como o ocorrido no Rio Grande Sul.
A ministra participou da 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Em sua fala, ela voltou a defender a redução no uso de combustíveis fósseis, do desmatamento e também na adoção de medidas para evitar a perda da biodiversidade.
“Temos que nos adaptar às mudanças do clima e temos que nos preparar, porque isso que está acontecendo agora, infelizmente, vai continuar acontecendo: ondas de calor, processos de processos de resfriamento, chuvas torrenciais e secas. Ano passado vimos duas vezes enchentes no Vale do Taquari e seca no Rio Grande do Sul, seca na Amazônia e cheia na Amazônia”, afirmou.
Marina cobrou o compromisso assumido por diversos países, há 32 anos, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, evento também conhecido como Eco-92, realizado no Rio de Janeiro.
“Isso foi há 32 anos e nós não fizemos o dever de casa e estou me referindo aos 185 países que assinaram aquele acordo, inclusive nós [o Brasil]“, disse
Ao destacar a importância de se enfrentar as causas que levam à desconfiguração do sistema climático global, a ministra falou sobre a importância da manutenção da biodiversidade. “Hoje é o Dia da Biodiversidade e 75% da alimentação dos países mais vulneráveis dependem da biodiversidade e ela está sendo rapidamente destruída”, disse.