A Polícia Federal junto ao Ministério Público Federal, investigam o senador Romário (PL-RJ) por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção. Além de Romário, o vereador do Rio de Janeiro, Marcos Braz (PL) também é monitorado PF.
Sobre as acusações, as mesmas partiram de uma delação premiada citando o envolvimento dos dois no desvio de verbas de projetos de esporte.
Início do caso
No começo de maio de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito para investigar Romário e Marcos Braz. Além de corrupção passiva, os dois também são suspeitos de lavagem de dinheiro. À frente da relatoria, está o ministro Kassio Nunes Marques.
O impulso para a investigação, é um anexo da delação premiada do empresário Marcos Vinicius Azevedo preso em 2019 por envolvimento em desvio de recursos da prefeitura do Rio.
Relação entre Braz e ONG
Segundo Marcos Vinicius, Marcos Braz recolhia valores desviados em esquema que envolveu uma ONG para favorecer Romário. Além disso, o empresário afirma que os pagamentos ocorriam durante a passagem de Braz pelo comando da pasta entre 2015 e 2016.
Ademais, o MPF solicitou informações à Prefeitura do Rio sobre contrato assinados pelo vereador com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac). Ao todo, os valores giram em torno de R$ 13 milhões.
Entretanto, a quantia seria para a construção de vilas olímpicas, o que não aconteceu conforme o depoimento de Marcos Vinicius.
Contratos
Segundo as apurações do UOL, Marcos Braz assinou dois contratos com o Cebrac no valor de R$ 13 milhões durante sua gestão na Secretaria Municipal de Esporte do Rio.
Em julho de 2015, Braz assinou o primeiro, de R$ 4,5 milhões, e o segundo de R$ 8,5 milhões para a gestão e administração de duas vilas olímpicas. Além disso, a ONG Cebrac também tinha relação com Marcos Vinicius.
Entretanto, caso o empresário não consiga comprovar a veracidade das informações fornecidas em seu depoimento, o mesmo pode receber uma pena de até quatro anos de prisão.