No Brasil, 13.454.522 milhões de trabalhadoras e trabalhadores com idade superior a 50 anos estão ativos em uma variedade de ocupações. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022. 

No entanto, uma característica desses trabalhadores é a prevalência de atividades com baixa remuneração e exigência educacional. Isto se verifica pelo registro das ocupações desempenhadas por eles, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)

O coordenador-geral de Estudos e Estatísticas do Trabalho, Felipe Vella Pateo, enfatiza que os dados não apenas refletem a realidade atual do mercado de trabalho para pessoas com mais de 50 anos, mas também destacam a importância de reconhecer e valorizar a contribuição desses profissionais para a economia e a sociedade como um todo.

Segundo Felipe Pateo, a estrutura econômica do Brasil continua gerando predominantemente postos de trabalho em setores básicos de serviços, subutilizando o potencial desses profissionais experientes. 

Medidas

Pateo ressalta a necessidade de avançar para a geração de mais empregos na indústria e em setores de serviços avançados. Assim, esse trabalhadores qualificados podem desempenhar papéis de supervisão e mentoria, repassando seu conhecimento para as gerações mais jovens. 

“Embora muitos desses profissionais demonstrem resiliência e dedicação ao permanecerem ativos no mercado de trabalho em fases avançadas da vida, é imprescindível abordar os desafios que enfrentam. Baixos salários, falta de oportunidades de progressão na carreira e discriminação etária são questões prementes que merecem atenção”, disse.

“Diante dessas constatações, torna-se evidente a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para a inclusão e valorização desses trabalhadores mais experientes”, continuou Pateo.