Rivaldo Barbosa não deve se recusar a responder perguntas durante o depoimento que dará sobre o caso Marielle. A afirmação é do advogado do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Este é o primeiro depoimento de Barbosa desde sua prisão, em 24 de março.
Rivaldo está sendo ouvido na tarde desta segunda-feira (3), na penitenciária federal de Brasília. Ao autorizar o depoimento do ex-chefe da polícia, o ministro Alexandre de Moraes assegura o seu direito ao silêncio e a garantia de não incriminação.
A defesa tentou um encontro prévio com Rivaldo, com pedidos reiterados desde a semana passada. A penitenciária negou a solicitação, alegando alta demanda.
Rivaldo fez inúmeros pedidos para ser ouvido. Em sua última tentativa, chegou a pedir “pelo amor de Deus” , em um bilhete.
Participação no crime
Durante as investigações dos assassinatos, de março a dezembro de 2018, Rivaldo Barbosa atuou como chefe da Polícia Civil.
Na época, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal.
Foi Rivaldo quem autorizou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e apontado como mandante do crime, segundo a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, a acreditar que o crime ficaria impune.