O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa disse à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (3) que não conhece os irmãos Brazão. Em depoimento que durou mais de três horas, ele afirmou que não participou de nenhuma trama para matar a vereadora Marielle Franco (PSOL).

Ainda de acordo com Barbosa, Ronnie Lessa o implicou na investigação com o objetivo de vingança, por ter sido preso por ele.

Rivaldo disse à PF que os nomes dos Brazão surgiram na investigação um mês após o assassinato, e que ele não atuou para atrapalhar as apurações. O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Brazão estão presos desde o dia 24 de março deste ano, acusados de serem os mandantes do crime.

Acusações

A prisão do ex-chefe da Polícia Civil aconteceu no mesmo dia, no Rio de Janeiro. Ele é suspeito de planejar o crime e também de atrapalhar o andamento das investigações.

O ex-policial militar Ronnie Lessa está preso sob denúncia de ser o executor da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Ele confessou ser o executor do crime.

Lessa disse, em delação à PF, que a execução da vereadora renderia a ele um loteamento irregular na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o ex-PM, a missão lhe renderia um lucro estimado de mais de US$ 20 milhões.