Ícone do site Portal Norte

Sergio Moro vira réu no STF por calúnia contra Gilmar Mendes

Senador Sergio Moro

Defesa de Sergio Moro diz foi uma “expressão infeliz”, que se deu em “ambiente jocoso” - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (4) tornar réu o senador Sergio Moro (União-PR). O senador responde pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.

O motivo do caso é um vídeo curto, gravado em uma festa junina, provavelmente em 2022. Na gravação, o ex-juiz aparece falando sobre “comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes”.   Moro se referia à cadeia, atrativo típico das festas deste tipo.

A Procuradoria Geral da República denunciou Moro em abril do ano passado, após o vídeo ter se espalhado na internet.

Por unanimidade, o colegiado seguiu voto proferido pela relatora, ministra Cármen Lúcia. Para a ministra, há indícios de fato delituoso para justificar abertura de uma ação penal contra o senador.

“A conduta dolosa do denunciado consistiu em expor sua vontade de imputar falsamente a magistrado deste Supremo Tribunal Federal fato definido como crime de corrupção passiva”, afirmou a ministra.

Seguiram o entendimento os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.

Defesa

Durante o julgamento, o advogado Luiz Felipe Cunha, representante de Moro, defendeu a rejeição da denúncia, dizendo que o parlamentar se retratou publicamente. Para o advogado, Moro usou uma expressão infeliz.

“Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina”, afirmou o advogado.

Sair da versão mobile