A ativista do direito das mulheres Maria da Penha Maia Fernandes está, desde esta sexta-feira (7), no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do governo do Ceará.

Maria da Penha é símbolo de luta e dá nome à principal lei brasileira que coíbe atos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Antes da Lei 11.340/2006, este tipo de violência recebia tratamento de crime de menor potencial ofensivo.

O governador Elmano de Freitas manifestou seu apoio em seu perfil na rede X. Ele disse que tomou conhecimento das ameaças sofridas pela ativista Maria da Penha por grupos de comunidades digitais que disseminam ódio contra as mulheres. O governador classificou as ameaças como “ações repugnantes e inadmissíveis”.

“É inaceitável que Maria da Penha esteja passando por esse processo de revitimização ainda hoje no Brasil, 18 anos após ter emprestado seu nome a uma das leis mais importantes do mundo para a prevenção e o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra mulheres”, repudiou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

Memorial

Nesta na segunda-feira (3), o governo do Ceará declarou como patrimônio histórico do estado a casa onde residiu a ativista, em Fortaleza.

O objetivo do Memorial Maria da Penha é atribuir um novo significado ao imóvel, diante da importância da memória coletiva e individual, na formação de uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres. O texto afirma que a implementação dele servirá para “preservação e valorização da memória e da luta histórica de Maria da Penha Fernandes. A ativista transformou sua dor em propósito de vida até os dias de hoje.”

* Com informações da Agência Brasil