As negociações pelo fim da greve nas universidades federais seguem a todo vapor nos últimos meses. Até o momento, a paralização das atividades dos professores em sala de aula atingiu 68 dias.
Ainda nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com reitores das universidades para tratar sobre a greve e investimentos na educação. Além de Lula o ministro da Educação, Camilo Santana também marcou presença no encontro no Palácio do Planalto.
Motivo da greve
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), 58 universidades federais estão em greve. Diante disso, os professores cobram do governo um reajuste salarial de 3,69%, em agosto desse ano.
Além disso, os docentes também exigem um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e um de 5,16% em maio de 2026. Porém, há entraves que impedem o governo de atender a demanda dos educadores.
Conforme o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) não há mais espaço no orçamento público para um reajuste salarial em 2024. Isso porque os investimentos destinados a reestruturação do Rio Grande do Sul que sofre com a enchentes, entre outras obras, tiveram uma atenção maior.
Negociações
Para tentar resolver o impasse, o MGI propôs dois reajustes, um de 9% em 2025 e o outro de 3,5% em 2026. Junto a isso, o Governo Federal anunciou a criação de novas unidades federais para o país de modo a tentar conter a greve.
O Sindicato marcou para amanhã (terça-feira 11) uma nova reunião para apresentar aos servidores técnico-administrativos (TAEs) a proposta do governo em relação a melhorias visando por um fim ao protesto dos docentes.