Após a Fundação de Vigilância em Saúde Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) notificar 44 casos da síndrome rabdomiólise, mais conhecida como a doença da Urina Preta, no Estado, o infectologista Antônio Magela disse nesta segunda-feira, 30, que não há necessidade ainda para a suspensão do consumo de peixes no Estado, uma vez que ainda estão investigando possível relação da causa da doença com o consumo de peixes da região. 

“O Importante é entender que se formos comparar o nível de consumo de peixe com o número de casos, a gente vê que é uma relação mínima, porém, não menos preocupante. Qualquer situação que coloque em risco a saúde das pessoas deve ser avaliada com cuidado”, disse o infectologista.

Outra profissional da saúde que é contra a suspensão do consumo de peixe é a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/FVS-RCP), Liane Souza. 

“Nós não podemos proibir que as pessoas consumam peixes. Uma vez que o peixe é o alimento principal do amazonense”, disse a coordenadora.

Causa

Segundo o médico Antônio Magela, a rabdomiólise pode ser desencadeada por múltiplas causas. Pode ser por um medicamento, por um metal pesado, uma atividade física extenuante, após convulsões ou pela ingestão de toxinas.

“Ainda trabalhamos no campo das hipóteses. Pode ser uma bactéria, um vírus, ou até mesmo uma toxina”, destaca Magela, que lembra que este é o terceiro surto da condição no Amazonas.

Sintomas e tratamento

O médico afirma que uma característica comum das pessoas com a condição é que desenvolveram um quadro que iniciou com dores de cabeça e musculares.  O tratamento depende da gravidade do caso, pode ser feito em internação hospitalar ou no domicílio do paciente. Qualquer unidade hospitalar do estado pode tratar pacientes com essa condição.

Agravamento

Apesar de poucos casos agravarem, Antonio Magela destaca que há essa possibilidade. “O grande risco é que estamos falando de uma condição que é ocasionada por destruição muscular, mas nós podemos falar também em musculatura cardíaca, além da toxicidade para o rim, fazendo com que o paciente possa evoluir para insuficiência renal”, concluiu o infectologista.

 

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