Na tentativa de obter um certificado de vacinação contra a Covid-19, um homem de 50 anos usou um braço de silicone em Biella, Piemonte, no norte da Itália.

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A farsa foi detectada quando a enfermeira, Filippa Bua, estava prestes a administrar a vacina, na quinta-feira, 2. Bua disse que notou algo estranho no braço.

“A cor da pele era diferente, muito mais clara em comparação com as mãos ou o rosto do paciente”, disse ela.

A enfermeira percebeu que o braço era falso, feito de silicone, após inspecionar a área.

“A princípio, senti pena do homem, pensando que ele tinha uma prótese e me perguntando se de alguma forma eu o havia forçado a me dar o braço errado”, disse Bua. “Mas então ele admitiu que estava usando o braço falso de propósito para evitar tomar a vacina!”

A revelação gerou um turbilhão de emoções em Bua, que disse ser enfermeira desde 1987, e já administrou milhares de doses de vacinas.

“No começo fiquei surpresa, depois fiquei com raiva, me senti ofendida profissionalmente. Ele não mostrou respeito por nossa inteligência e nossa profissão”, disse ela. “Eu nunca esperaria uma coisa dessas em minha vida.”

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O governo regional do Piemonte condenou a tentativa do homem de burlar o sistema.

“O caso poderia ser classificado como ‘ridículo’, mas estamos falando de um gesto de enorme gravidade, inaceitável pelo sacrifício que toda a comunidade está pagando pela pandemia”, diz um comunicado conjunto do presidente da região do Piemonte e do conselheiro de saúde.

Em um vídeo, o presidente do governo regional do Piemonte, Alberto Cirio, foi além, dizendo que o incidente foi “uma ofensa ao sistema de saúde da região, que está entre os primeiros da Itália em capacidade de vacinação e doses de reforço”.

O departamento de saúde de Biella apresentou uma queixa ao Ministério Público local.

O governo italiano assinou no mês passado um decreto tornando o ‘super passe verde’ da Covid-19 obrigatório em bares, restaurantes, teatros e outros locais de entretenimento internos.

Pela nova medida, apenas aqueles com vacinação completa ou comprovante de recuperação do coronavírus têm permissão para entrar nesses locais.

O ‘passe verde’ original, em vigor para instalações internas e trens de longa distância desde 1º de setembro, permitia que as pessoas apresentassem um teste negativo de Covid feito nas 48 horas anteriores, em vez de vacinação completa ou prova de recuperação da doença, para acessar locais de lazer. O passe verde ainda se aplica aos espaços de trabalho e foi estendido ao transporte público local.

Protestos ocorreram em várias cidades italianas em meados de outubro, quando entrou em vigor a exigência de todos os trabalhadores do país mostrarem o passe verde emitido pelo governo.

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