O Ministério da Saúde enfatizou que a população do Rio Grande do Sul precisa se vacinar contra as doenças mais comuns após desastres.

A Pasta recomendou o reforço na vacinação contra influenza, Covid-19, tétano, hepatite A e raiva. Além disso, o governo também está monitorando casos de leptospirose e outras doenças que podem surgir devido à contaminação da água.

De acordo com o ministério, a dengue está sob controle.

Adriano Massuda, Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, que está liderando o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) do estado, enfatizou que a prevenção é crucial para evitar a sobrecarga na rede de assistência.

“Devido às enchentes, observamos um aumento na incidência de doenças gastrointestinais, afecções de pele, entre outras. Estamos monitorando os casos de leptospirose e não há nenhum aumento significativo que justifique uma preocupação excessiva. Estamos acompanhando de perto. Houve notificações de casos de dengue, mas estão sob controle”, explica Massuda.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que é fundamental a proteção das pessoas que estão em abrigos e as que tiveram contato com águas de enchentes:

“Além das ações de vacinação já adotadas, estamos reforçando a vacinação das pessoas abrigadas, afetadas pelas enchentes, socorristas, profissionais e voluntários no Rio Grande do Sul. Estamos orientando essa atenção especial diante das situações de inundação e abrigo”.

Recomendações por vacina:

  • Influenza: devem ser vacinados os abrigados, socorristas e a população em geral, acima de 6 meses.
  • Covid-19: devem ser vacinados os abrigados, socorristas e a população em geral, acima de 6 meses. Conforme o calendário vacinal e excepcionalmente, estão incluídos como grupos prioritários aqueles que se encontram em abrigos e socorristas profissionais e voluntários.
  • Componente antitetânico: devem ser vacinados socorristas, população com ferimentos e gestantes.
  • Hepatite A: devem ser vacinadas crianças de 1 ano a menos de 5 anos, pessoas com condições especiais e gestantes em abrigos. É recomendado o bloqueio vacinal em caso de surto para maiores de 10 anos.
  • Raiva humana: deve ser realizada a vacinação pré-exposição para grupos de risco de exposição ocupacional e pós-exposição para os acidentados com animais.