Desde maio de 2022, casos de varíola dos macacos têm sido relatados em diversos países onde a doença não é endêmica. 

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E desde então, a maior parte dos casos notificados foi identificada por meio de serviços de saúde sexual ou em unidades de saúde primária, ou secundária. 

Porém, essas unidades hospitalares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), relatam que as maiorias dos casos envolve principalmente, mas não exclusivamente, “homens que fazem sexo com homens”.

A terminologia é uma classificação técnica adotada na área da saúde que inclui homossexuais, bissexuais e pessoas que não se identificam com alguma dessas orientações.

Por conta do surto, médicos e cientistas buscam respostas para explicar porque o vírus tem conseguido se espalhar fora da África e por quais motivos ele tem afetado principalmente os homossexuais.

Entre as hipóteses, está a de que o vírus tenha entrado em circulação em redes sexuais interconectadas na comunidade HSH, de onde está se espalhando de maneira mais eficiente.

“Muitos, mas não todos os casos, relatam parceiros sexuais casuais ou múltiplos, às vezes associados a grandes eventos ou festas”, disse Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.

Primeiro caso

O primeiro caso confirmado da doença no Reino Unido, que disparou o alerta da OMS, foi informado à entidade no dia 7 de maio. 

O paciente, que viajou do Reino Unido para a Nigéria, desenvolveu uma erupção cutânea no dia 29 de abril e retornou ao Reino Unido em 4 de maio.

Os modelos epidemiológicos da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) mostram um crescimento da doença entre 3,8% a 6,7% por dia, correspondendo a um tempo de duplicação de 15 dias.

O vírus da varíola dos macacos pode afetar qualquer pessoa, independente de orientação ou prática sexual. 

Especialistas analisam se a maior identificação entre homossexuais e bissexuais também pode estar associada ao cuidado em saúde ampliado entre esse grupo populacional.

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Estigmatização de populações

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou na última quinta-feira, 21, que a estigmatização de populações pode trazer prejuízos ao enfrentamento do surto.

“Há uma preocupação muito real de que homens que fazem sexo com homens possam ser estigmatizados ou culpados pelo surto. Por isso, temos que trabalhar em estreita colaboração com as comunidades afetadas em todas as regiões. Para isso, a OMS garantirá que as abordagens mais eficazes sejam implementadas”, disse Adhanom.

Vírus endêmico

A maioria dos pacientes confirmados com histórico de viagens relatou passagens por países da Europa e da América do Norte, em vez da África Ocidental ou Central, onde o vírus é endêmico.

De acordo com levantamento realizado pela CNN, ao menos 64 países confirmaram casos da doença.

No Brasil, já foram confirmados mais de 800 casos da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

Veja as cidades do Brasil onde os casos foram registrados:

– São Paulo (595)

– Rio de Janeiro (109)

– Minas Gerais (42)

– Distrito Federal (13)

– Paraná (19)

– Goiás (16)

– Bahia (3)

– Ceará (2)

– Rio Grande do Sul (3)

– Rio Grande do Norte (2)

– Espírito Santo (2)

– Pernambuco (3)

– Mato Grosso do Sul (1)

– Santa Catarina (3).

– Acre (1). 

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